FT-CI

Declaração da Fração Trotskista - Quarta Internacional

Históricas manifestações na França

10/04/2006

Históricas mnifestações na França

Após meses de rebelião estudantil e duas manifestações históricas massivas por toda a França

É o momento de partir para a ofensiva!

Greve geral para destituir Villepin, Chirac e Sarkozy e para impor um programa operário contra o desemprego e a superexploração.

O espectro de 68 paira sobre a França. No dia 4 de março, pela segunda vez em sete dias, cerca de três milhões de franceses se manifestaram pelas ruas de todo o país dizendo « Não ao CPE » e « Chirac, Villepin e Sarkozy, seu período de experiência terminou ». Diariamente estações de trem são bloqueadas, rotas cortadas, municipalidades ou entidades patronais cercadas, sedes da UMP invadidas. A combatividade das massas não dá sinais de declive. A vanguarda na França é a juventude, particularmente os universitários. As universidades se encontram em estado de levantamento desde inícios de fevereiro, a imensa maioria das faculdades deixou de funcionar “normalmente”: a única atividade regular são as assembléias com milhares de estudantes.

A Coordenadoria Nacional de Estudantes, que se organiza através de assembléias com delegados mandatados de cerca de 110 faculdades, se reúne a cada semana e propõe as medidas de ação, elege seus porta-vozes cada semana, é o organismo mais avançado da luta atual e representa uma grande conquista. Há ações diárias nas ruas, cortes de autopistas, bloqueios de estações de trem, etc. Os liceístas que ocupam centenas de institutos, e cada dia enfrentam provocações de policiais e da direita, assim como a vanguarda dessa grande luta. Liceístas e universitários presos tendem a ser vítimas da repressão policial, sofrem processos “sumaríssimos” e são condenados a penas de prisão efetiva em pouco tempo. Constata-se que o movimento estudantil, ao lutar contra a flexibilização do trabalho, está difundindo uma ideologia antipatronal por grande parte da juventude.

Em Paris, além dos estudantes, se formaram enormes colunas operárias em número crescente desde o início do conflito. Quase dois meses depois de seu início, a mobilização contra o CPE alcançou uma amplitude enorme e colocou o governo contra a parede. O atual primeiro ministro é virtualmente um cadáver político, enquanto seu competidor, o ministro do interior, Sarkozy, busca tomar as rédeas da situação. Por sua vez, o presidente Chirac, que com seu discurso de quinta-feira buscava começar a desmontar esta grandiosa luta não obteve o mínimo efeito, pelo contrário, fez com que as marchas de ontem tivessem-no como um dos alvos prediletos. Todas as instituições da V República estão rangendo frente ã magnitude do protesto.

Não ã farsa da negociação! Por um novo rol de demandas para acabar com a miséria e exploração capitalista

A “ frente sindical” fortalecida com as manifestações massivas de ontem e temerosa frente ã radicalização do movimento, se reuniu esta manhã. Previam a negociação com os parlamentares da UMP exigindo a derrogação do CPE (mantendo o conjunto da Lei de Igualdade de Oportunidades) antes do recesso parlamentar de 15 de abril, para poder oferecer algo ao movimento e assim procurar desmobilizá-lo e defender o governo e o regime.
Estes representantes do grande capital francês no movimento operário se articulam para que quando os trabalhadores estiverem em condições de partir para a ofensiva, se contentem com migalhas que não alterem para nada a situação de miséria, superexploração e desemprego em que se encontram milhões de trabalhadores e jovens por toda França. É preciso impedir a farsa dos burocratas!

Temos que organizar assembléias em todos os lugares de trabalho, liceus e faculdades para impor um conjunto de demandas que dê saída ás necessidades profundas da França operária e popular, começando pela retirada imediata do CPE e da lei de igualdade de oportunidades, a derrogação do CNE (uma espécie de CPE para empresas de menos de 20 trabalhadores imposto por Villepin nos últimos meses) e de todas as leis flexibilizadoras, contra a privatização do EDF- GDF, contra as reduções orçamentárias e os fechamentos de empresas e que se paute no fim da miséria e exploração capitalista.

Esta é a real perspectiva do atual movimento que começou questionando a flexibilização do trabalho, mas está abrindo caminho para acabar definitivamente com a exploração e o desemprego capitalista, e não as pseudo-concessões nos marcos do regime burguês que querem impor ás direções oficiais do movimento operário e estudantil.
Para dar esse salto o movimento deve se armar com um programa ã altura das circunstâncias que contemple medidas como as seguintes:

Para acabar com a desocupação, é preciso lutar para impor a semana de 30 horas, repartindo as horas de trabalho entre ocupados e desocupados, organizando um plano de obras públicas controlado pelas organizações operárias que empreguem os jovens das periferias e supra ás necessidades da população em questões impostergáveis como a falta de moradia. Temos que lutar por expropriar as empresas fundamentais da economia colocando-as sob controle operário, para que nenhum trabalhador ou estudante seja desprovido de água, eletricidade ou gás. É preciso unir a classe trabalhadora, na luta pela legalização de todos os imigrantes, para que não sejam usados como mão de obra escrava. Devemos impor o acesso aos estudos para todos e impedir o trabalho de menores de idade.

É necessário, por sua vez, frente ã realidade da França enquanto potência imperialista exigir a retirada das tropas francesas de todos os países (Costa de Marfim, Kosovo, Afeganistão, Haiti, etc.), que não cumprem um papel diferente que o das tropas imperialistas norte-americanas ou inglesas. Ainda assim, defendemos a luta dos trabalhadores e dos povos das semicolônias e colônias diretas contra a usurpação promovida por empresas francesas como Total, Suez, EDF-GDF, Vivendi, Lyonnaise des eaux, etc. Temos que lutar juntos contra as leis repressivas frente ã imigração, como o projeto de lei CESEDA impulsionado por Sarkozy conhecido como “lei de imigração descartável”( já que seleciona os imigrantes funcionais ás necessidades da economia francesa enquanto fecha todas suas fronteiras aos demais). Esta seria a forma de ganhar a confiança dos trabalhadores imigrantes somando-os efetivamente ás lutas dos trabalhadores franceses.

l Só incorporando o conjunto destas reivindicações será possível soldar a unidade da classe operária e ampliar a luta do conjunto da classe trabalhadora, utilizando toda sua força não apenas em solidariedade aos jovens, mas na luta por suas próprias demandas e reivindicações.

Por uma greve geral pela derrubada de Chirac, Villepin, Sarkozy e de todas as instituições da V República!

O conjunto de demandas não será implementado pela mesa de negociações, nem tão pouco através do voto ã “gauche plurielle” nas eleições de 2007. Este programa deve ser imposto através de uma greve geral política que destitua Chirac, de Villepin, Sarkozy e todas as instituições da V Republica. Esta é a tarefa central do atual movimento.
Meses de agitação estudantil mudaram o panorama da França. Sem dúvida, apesar de sua brutal determinação e combatividade, os estudantes sozinhos não podem aplicar uma derrota decisiva aos patrões e seus políticos. Somente a classe trabalhadora tem a capacidade de bloquear toda a produção e paralisar a economia através da greve geral. Não bastam as jornadas de ação isoladas, por mais gigantescas que estas sejam, nem as negociações com um governo reacionário, os mesmos que votaram as leis flexibilizadoras.

A burocracia sindical, com suas “jornadas de ação” sem chamar ã greve geral, só se posiciona para não ser rechaçada pelas massas. Só a pequena central sindical SUD-Solidaires alega que “para além do 4 de abril, faz falta debater desde agora e em todos os cantos, nas cidades e nas empresas, a continuidade do movimento e em particular desenvolver a perspectiva de uma greve por tempo indeterminado” (www.solidaires.org ). Se o SUD-Solidaires diz ser combativo e quer concretizar sua proposta deve exigir desde já em primeira instância ã CGT que se pronuncie contra as negociações e pela greve geral. Este chamado também deve ser dirigido aos dirigentes locais ou empresariais da CGT entre os quais se encontram centenas de militantes da chamada extreme gauche.

Não se pode esperar um dia sequer. Temos que impedir a manobra enganosa do governo e a farsa das negociações. Precisamos lançar o chamado ã greve geral e propô-lo como moção em todos os locais de trabalho por meio de assembléias e exigir aos sindicalistas que se pronunciem. As organizações operárias que se reivindicam combativas ou que se dizem em luta devem começar a se organizar em coordenadorias locais e regionais, aliando-se ás coordenadorias estudantis, para impor aos sindicatos a greve geral e lutar pela destituição de Chirac, Villepin, Sarkozy e de todos os políticos e instituições da V República.

Temos que seguir e aprofundar o exemplo do movimento de 95 durante o qual foram criadas embrionariamente coordenadorias inter-profissionais como em Rouen, onde centenas de ferroviários, outros trabalhadores estatais e de empresas privadas se converteram de fato na direção e garantiram a greve na cidade! É necessário o desenvolvimento de organizações de auto-organização das massas em luta, que coordene os diferentes setores que venham a participar no movimento, que consolide a unidade operária, estudantil e popular, por cidade, a nível regional e nacional para superar a política imobilista das direções oficiais dos sindicatos e das organizações operárias

Frente ã crise da V República por um governo operário e popular

As eleições de 2002 com Le Pen no segundo turno e 10% ã chamada extreme gauche, o triunfo do NÃO ã “Constituição Européia” e as revoltas das periferias em novembro passado, mostram ás claras que este regime baseado na alternância e na “coabitação” entre a direita (UMP-UDF) e a esquerda governamental (PS-PCF-Verdes) jorra água por todos os cantos. O movimento atual é a mostra definitiva de que o regime começa a se diluir. Estes partidos não são mais capazes de conter as massas, principalmente no que se refere ã juventude.

O fracasso do projeto “europeísta” levou o governo ã tentativa de substituí-lo por um maior “patriotismo econômico” e a continuidade redobrada do ataque aos trabalhadores, ã juventude e aos imigrantes. O PS, que também não apresentou nenhum projeto, aclama que “não é nosso rol soprar sobre as brasas” (D. Strauss-Kahn) em um chamativo artigo no jornal Libération chamado “A esquerda pressionada a não fazer nada” (3/4). A V República não pode dar resposta ã enorme crise em que a França está submersa. O filósofo Jacques Rancière disse que “O 21 de abril de 2002 mostrou que os socialistas não têm nada que aportar ao povo mais que seus adversários” e que “Hoje, é todo o sistema (da V República) quem entrou em decomposição” (Libération, 3/abril).

A burguesia imperialista francesa está levando o país ao desastre e ao caos. Simplesmente se consolidou o “Estado de Emergência” ditado pela revolta das periferias, se viu o começo do levantamento nacional contra o CPE. Hoje milhares de jovens passam uma experiência política importante de luta contra o governo e o presidente, de ocupações, de enfrentamentos com as forças repressivas. Também estão experimentando la traição dos sindicatos e da gauche plurielle que segue o caminho da negociação da “nova lei”, esta vez administrada por Sarkozy.

A classe trabalhadora é a que concentra en suas mãos os meios de produção, os serviços e o transporte: é quem faz este país funcionar, é a classe que gera todas as riquezas. A patronal, em troca, nos quer impor a exploração, o desemprego, o racismo, as deportações aos “sem documentos”, o cárcere aos que protestam. Os políticos acusados de corrupção como Chirac, os privatizadores “socialistas” e “comunistas”, os sindicalistas sem base que negociam nossas conquistas, eles não têm nada a nos oferecer.

Frente ã França oficial somente um governo operário e popular poderá apontar uma saída ã crise em que está inserida a França operária e popular.

Somente um governo deste tipo poderá impor até o final o conjunto de demandas mencionado acima. Somente um governo de organizações operárias combativas, poderá ser um bastião para acabar com a Europa do Capital para dar início ao caminho aos Estados Unidos Socialistas da Europa. A vanguarda dos trabalhadores e estudantes franceses têm que apresentar esta perspectiva a menos que queiram voltar a cair nas mãos da “esquerda” privatista neoliberal, ou ainda pior, da extrema direita que procura acalmar as aspirações de “ordem”.

A necessidade de se criar una alternativa revolucionária

A experiência com a gauche governamental demonstrou não ser diferente da direita, tanto em nível interior como exterior. Foram os socialistas que impulsionaram a primeira Guerra do Golfo, foram os socialistas, o PC e os verdes que realizaram a guerra de Kosovo e do Afeganistão. Eles mantiveram milhares de soldados imperialistas pelo mundo. Também foram eles que trataram de aplicar a flexiblização do trabalho desvirtuando a semana trabalhista de 35 horas de trabalho, e avançaram com as privatizações. Portanto, nada se pode esperar desses partidos.

Lamentavelmente, a chamada “extrema esquerda” não atua ã altura das circunstâncias. A LCR, se bem chama a “generalizar” a luta e para que o governo seja destituído, não faz nenhuma exigência ou denúncia ás centrais sindicais, que apesar de seu declínio, continuam sendo as principais organizações da classe. A chave está na orientação do partido; em vez de ajudar os trabalhadores e a juventude em sua luta pela ruptura com as organizações burocráticas de colaboração de classe, todas suas correntes internas de um ou outro modo buscam uma aliança com o PCF decadente e reformista, que apenas espera voltar ao governo.

Recordamos a triste experiência dos partidos amplos de esquerda, como a Refundação Comunista (na qual o Secretariado Unificado, a corrente internacional da qual faz parte a LCR, possui uma corrente interna) que se presta a governar com o criador falido da Constituição Européia, o neoliberal Prodi. Este se esquece que em 2002 chamou voto “contra Le Pen”, ou seja, foi a pata esquerda da “frente democrática” a favor de Chirac, colocando de um lado os princípios mais elementares de classe, política que hoje em dia estão sofrendo os estudantes e trabalhadores franceses com um dos governos mais anti-operários da história recente da França.

O outro importante grupo da extreme gauche francesa, Lutte Ouvrière, tem um importante trabalho no seio da classe operária. Inclusive, centenas de delegados nas principais organizações sindicais. Se quisessem poderiam dar um grande passo para a criação de uma esquerda operária no seio dos sindicatos. Sem dúvida, não consta em sua estratégia enfrentar as direções sindicais, porque eles tampouco brigam pela greve geral.. Nem sequer lutam pela greve geral, ainda menos pela destituição do governo. Como se pode constatar, seu seguidismo e adulação ás direções “oficiais” do movimento operário não tem limites. Como demonstra sua caracterização de acionar destas : “É efetivamente urgente anunciar o próximo objetivo.

Os fatos mostram bem que quando as etapas da mobilização eram claramente anunciadas e não punham em cheque o caráter de jornadas de ação isoladas, sem continuidade, estas permitem aos questionadores retomar a confiança na capacidade de o mundo do trabalho alcançar seus objetivos por meio da luta”. Nem lhes ocorreu pensar que o “próximo objetivo” seria a negociação com a UMP. Continuando o grave erro que tiveram quando depreciaram, e em certa medida condenaram, a revolta das periferias, repetem o repúdio ás medidas de ação direta e de choque com as forças repressivas « bloquear trens, cruzamentos de ruas, os acessos a uma cidade, tudo isso pode certamente atrair os meios, mas não será necessariamente compreendido pelos usuários que sofrem as conseqüências”.

As demandas e também as greves normalmente têm conseqüências para os “usuários”. Sua posição é grave, já que nem sequer condenam a repressão por parte das forças de choque da patronal (já existe centenas de detidos e milhares de processados).

Apesar destas importantes diferenças, o movimento atual exige que as forças que se reivindicam revolucionárias se coloquem ã altura do combate planejado. É necessário um bloco imediato dos partidos e tendências que se reivindicam trotskistas na França, para atuar de conjunto frente ã crise ( não só contra o governo, mas contra a claudicação dos sindicatos e da esquerda plural ) na perspectiva de abrir a discussão sobre o programa e os métodos para construir um grande partido revolucionário trotskista francês. Ao impulsionar e abrir um diálogo sobre esta necessidade e o programa revolucionário frente ã convulsionada situação da França, é o objetivo primeiro desta declaração.

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