FT-CI

HAITI

Tropas da ONU não são de “paz”, são de repressão!

22/12/2014

Tropas da ONU não são de “paz”, são de repressão!

Desde o fim da semana passada vem circulando na Internet o seguinte vídeo que mostra as “tropas de paz” da Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti) reprimindo com tiros manifestantes haitianos. Essas imagens se repetem desde junho de 2004 e o governo brasileiro segue fazendo parte desse grande massacre sofrido por aquele povo. Em troca de maior prestígio para buscar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil e outros países fazem o serviço do imperialismo ianque e sua longa história de invasões e opressões aos haitianos.

Direitos de manifestação completamente cerceados, bairros militarizados, casos intermináveis de estupros e até epidemia de cólera: esse é um pouco do saldo atual das tropas da Minustah no Haiti. E o Brasil é um dos grandes responsáveis por isso. Não só por ter o maior contingente militar nessa ocupação, como por ser o que comanda as ações militares naquele país. Dados oficiais mostram que a “missão brasileira” já gastou mais de R$ 3 bilhões entre 2004 e 2012. O dinheiro que poderia ser utilizado para educação e saúde dos brasileiros é utilizado para reprimir e assassinar a população negra do país mais pobre da América Latina em função do imperialismo estadunidense, cujo grande objetivo é preservar as condições de comércio do Haiti, que é um grande exportador de açúcar e um grande produtor de mão-de-obra barata para a indústria têxtil.

Os interesses do imperialismo desde 2004 sempre estiveram muito bem expostos. Um exemplo claro disso é o fundo criado em 2010 por Bill Clinton para investimentos no Haiti, ressaltando o “enorme potencial” do setor agroindustrial do país com o apoio incondicional do atual presidente haitiano, Michel Martelly, que diz “ser um Governo que quer trabalhar com o setor privado para reconstruir o país e gerar emprego”.

Porém a revolta do povo haitiano já é de longa data e as promessas de retirada das tropas nunca se implementam. Após o terremoto de 2010 a situação só piorou e o papel das “tropas de paz” fica mais escancarado. A cólera, que já havia sido erradicada, tomou o país em uma epidemia que tem origem nas tropas da ONU. As mesmas tropas são acusadas de abusos e estupros em diversos vídeos que circulam na Internet. Nos últimos dez anos o número de mortos no Haiti já ultrapassa os 300 mil, contando o terremoto de 2010, o surto de cólera e a barbárie promovida pela Minustah.

E a indignação não cresce somente entre os haitianos, mas também entre nós brasileiros, pois nenhuma lágrima cai para cada um dos negros e negras, trabalhadores e trabalhadoras, crianças e idosos mortos no Haiti e nas favelas brasileiras, mas lágrimas caem nos grandes teatros armados pelo mesmo governo de Dilma Rousseff que mantém impunes os torturadores da ditadura militar!

O Haiti foi palco da primeira revolução negra do mundo e segundo país das Américas a conquistar a independência. Honremos seu exemplo histórico, construindo hoje um grande movimento nos locais de trabalho e estudo para retirada de todas as tropas deste país, começando pelas brasileiras!

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Periodicos

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)