FT-CI

UTILIZANDO O CLIMA DE TERROR DEIXADO PELO ATENTADO

Unidade reacionária europeia: Merkel, Cameron, Rajoy e Renzi marcham no domingo em Paris

10/01/2015

Unidade reacionária europeia: Merkel, Cameron, Rajoy e Renzi marcham no domingo em Paris

Os chefes de Estado da Alemanha (Angela Merkel), Reino Unido (David Cameron), Estado Espanhol (Mariano Rajoy) e Itália (Matteo Renzi) confirmaram sua participação neste domingo na manifestação convocada pelo governo de Hollande com todos os partidos do regime francês após o atentado contra o semanário satírico “Charlie Hebdo”. Os Estados Unidos enviarão um representante. Algumas horas antes será realizada uma cúpula “contra o terrorismo” com ministros europeus e representantes norteamericanos.

“Será um importante sinal da amizade franco-alemã que nos une”, afirmou a Chanceler alemã Angela Merkel, e agregou que confirmou pessoalmente sua presença ao presidente francês, François Hollande.

“A Europa inteira” está “ao lado da França”, continuou Merkel e reiterou sua condenação ao “atentado bárbaro” contra Charlie Hebdo. A chanceler alemã conclamou a “levantar a voz quando se atacam os valores da democracia”.
Pouco depois se somou ao prêmier britânico David Cameron, que em sua conta do Twitter garantiu que aceitou o convite de Hollande para participar da macha unitária.
Também o presidente espanhol. Mariano Rajoy, se somou ã convocação. “Estarei em Paris nesse domingo apoiando o povo francês. A Espanha está com a França contra o terrorismo e pela liberdade”, disse também em sua conta do Twitter.

Matteo Renzi, primeiro ministro italiano, também confirmou sua presença em um tweet, escrito em uma curiosa combinação de francês e italiano.

“No domingo estarei com Hollande em Paris. Não permitiremos que o medo mude a Europa.”

A líder da ultradireitista e xonófoba Frente Nacional, Marine Le Pen, se queixou de não ter sido convidada a participar da manifestação. Após sua visita ontem ao palácio de Elísio (sede da presidência francesa), expressou com indignação: “Não obtive do presidente da República a confirmação clara da suspensão da proibição ao nosso movimento, seus representantes eleitos, que milhões de franceses esperavam ver nos cortejos,” disse indignada. E acusou o Partido Socialista e a UDI (uma formação de centro direita com perfil social que foi parte da presidência de Sarkozy) de haver rompido a unidade nacional (a UMP se declarou a favor de não proibir ninguém de participar). Para além desse desencontro, é uma novidade que a FN seja convidada ao palácio de Elísio por um presidente de “esquerda”.

O ex-presidente Nicolas Sarkozy e líder da conservador União por um Movimento Popular (UMP) respondeu ao chamado de Hollande e se somou ao clima de “unidade nacional”. “Foi declarada guerra ã França, a suas instituições, ã República, pelos bárbaros que negam a própria ideia de civilização e os valores universais da humanidade”, sustentou em um comunicado. “Esta situação trágica chama cada um de nós a respeitar a unidade nacional que devemos ás vítimas”, acrescentou.
A manifestação do próximo domingo, com a presença de todos estes chefes de Estado, incluindo o Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, será um fato inédito e terá uma enorme repercussão mundial. Uma política para mostrar uma grande “frente ocidental pela democracia” e “contra o terrorismo”.

Após o brutal atentado da última quarta-feira, os líderes da Europa imperialista, desde os social liberais e conservadores até os representantes da direita xenófoba, como Marine Le Pen, junto com os representantes do imperialismo guerreirista norteamericano, querem se mostrar como os defensores da “liberdade” e da “democracia”.

Mas os que falam em nome da “democracia” são os verdadeiros terroristas de Estado na África e no Oriente Médio, os aliados do Estado genocida de Israel. Os que reforçam a doutrina de “Guerra contra o Terrorismo” idealizada por Bush contra os povos do mundo e demonizam milhões de muçulmanos que vivem na miséria nos subúrbios da Europa.

E também são os que proíbem manifestações de solidariedade ã Palestina ou por Rémi Fraisse, como Hollande; os que na Itália, como Renzi, impulsionam reformas trabalhistas anti-operárias e perseguem os imigrantes; os que criminalizam os protestos impondo a “Lei Mordaça” no Estado Espanhol, os que, como Angela Merkel, perseguem os refugiados na Alemanha. E todos eles, que vêm aplicando os planos de austeridade e cortes contra os trabalhadores em toda a Europa e votando leis xenófobas contra os imigrantes que moram nas periferias das grandes cidades, são acuados pela polícia nos bairros pobres e sobrevivem na precariedade absoluta ou em prisões.

Frente ã opção de “Civilização ou Barbárie” na boca dos responsáveis cotidianos pelas guerras imperialistas e pela fome de milhõres, a luta é tanto contra a extrema direita como contra a “frente republicana”, igualmente anti-imigrante, anti-operária e anti-popular.

Os grandes problemas enfrentados pelas massas exploradas e oprimidas da França e Europa não terão solução efetiva sem tomar o poder dos exploradores.

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Periodicos

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)