FT-CI

A polícia de Anzoátegui assassina operários em luta

02/02/2009

Mais uma vez, as forças do Estado através da Polícia Estatal, e sob as ordens do Poder Judicial, se lança contra os trabalhadores, tirando a vida de dois companheiros. Quase um mês após o brutal assassinato de três operários sindicais da UNT-Aragua pelas mão de capatazes pagos pela patronal, desta vez a polícia toma a vida de mais dois trabalhadores em Anzoátegui.

Repudiamos e condenamos o assassinato de dois operários na violenta repressão policial aos trabalhadores da Mitsubishi em Barcelona (Anzoátegui, Venezuela).

No período da tarde de 29/01, após uma violenta tentativa de desalojamento da automotriz Mitsubishi Motors, 2 trabalhadores foram assassinados pela polícia do estado Anzoátegui (do governador chavista Tareki William Saab), 12 pessoas também ficaram feridas, das quais cinco em estado grave. Os dois trabalhadores assassinados são Pedro Suarez, trabalhador da Mitsubishi, e José Marcano, trabalhador da empresa de autopeças Macusa.

Desde 22 de janeiro, os trabalhadores da Mitsubishi tomaram as instalações da fábrica mediante a decisão da direção da empresa de não contratar 135 trabalhadores da Induservis, companhia que prestava serviços de manutenção. Em uma assembléia massiva, os trabalhadores da Mitsubishi com 863 votos a favor, 21 contra e 4 abstenções decidiram ocupar a fabrica para exigir a readmissão dos demitidos. Uma pequena demonstração de como as empresas começam a descarregar a crise capitalista mundial sob os setores mais expostos da classe trabalhadora, como os terceirizados, e de como estes respondem contundentemente.

No começo da tarde, após um grupo de empregados administrativos da empresa se juntarem aos policiais do Estado, no portão, gritando consignas contra os trabalhadores que se encontravam no interior da fabrica, exigindo que a ocupação se levantasse, uma juíza chegou com uma medida cautelar forçosa a favor da transnacional japonesa, solicitando aos trabalhadores que desocupassem a empresa. Os trabalhadores disseram que estavam dispostos a dialogar, mas que não iriam desocupar a fábrica. Sem chegar a um acordo, assim que a juíza se retirou, a polícia começou uma campanha brutal contra os mais de 100 trabalhadores que se encontravam dentro da planta, deixando os dois assassinados e mais de uma dezena de feridos. A juiza continuou insistindo na execução da ordem de desocupação.

Desta forma fica clara a falsidade daqueles que falam que algum tipo de socialismo está sendo construído no país, quando as instituições deste estado burguês, como não poderia ser de outra maneira, estão completamente ao lado dos interesses empresariais e contra as lutas operárias e do povo pobre, sendo que trabalhadores são assassinados baixo a repressão amparada pela ordem do Poder Judicial, isso sem mencionar as centenas de assassinatos de camponeses e trabalhadores que ficaram impunes nas mão de capatazes. Desta forma, se encontram de um lado a repressão das Polícias estatais, a Guarda Nacional, a justiça, os capatazes da patronal, contra as lutas mais aguerridas da classe trabalhadora.

A partir da Liga de Trabajadores por el Socialismo (LTS), repudiamos estes brutais assassinatos sob a mão de uma das instituições do estado burguês venezuelano e exigimos justiça e punição aos culpados. Chamamos a mais ampla solidariedade com os trabalhadores da MMC e demais empresas em luta, como a de autopeças VIVEX (Vidrios Venezolanos Extras C.A.), onde 329 trabalhadores mantém a empresa ocupada desde meados de dezembro, exigindo sua estatização. Chamamos também ã todas as organizações políticas da esquerda operária e socialista, ás personalidades políticas e intelectuais, ás organizações sindicais, estudantis e de direitos humanos, ã que se pronunciem contundentemente contra estes brutais assassinatos realizados pela Polícia do estado de Anzoà tegui, e a desenvolver uma ampla campanha de denuncia e repudio. Desta forma responsabilizamos completamente ao governo estatal e nacional pelos brutais assassinatos, e Chavéz é quem deve se responsabilizar por este fato, já que não é a primeira vez que um corpo de repressão estatal arremete contra uma luta operária, mas acima de tudo, porque esta mesma polícia, sob o mesmo comando de Tarek William Saab, reprimiu violentamente aos petroleiros no final de 2007 deixando um ferido a bala.

Fora as polícias e a Guarda Nacional dos conflitos operários!

Nenhum demitido! Que os capitalistas paguem por sua crise!

Coordenação desde a base e de todas as empresas em luta!

Pela conformação de comitês operários de auto-defesa!

Destituição e julgamento do chefe da polícia de Anzoátegui!

Julgamento de Tarek William Saab, responsável deste crime contra a classe operária!

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