FT-CI

Dia Internacional da mulher - São Paulo

Combativo bloco do Pão e Rosas e da LER-QI marca presença neste 8 de março da Conlutas

11/03/2010

Pão e Rosas se manifestou nesse Dia Internacional da Mulher dizendo que a melhor homenagem que podemos fazer aos 100 anos do 8 de março é defendendo as mulheres e o povo haitiano e exigindo que as tropas brasileiras de Lula saiam imediatamente do Haiti.

No último dia 06 de março em São Paulo realizou-se o ato anti-governista pelo Dia Internacional da Mulher, impulsionado pela Conlutas. Estiveram presentes cerca de 400 pessoas no vão do MASP, na Av. Paulista. Onde o grupo de mulheres Pão e Rosas (LER-QI e independentes) formou o Bloco Classista e Anti Imperialista, com mais de 80 companheiras e companheiros, que gritavam palavras de ordem que denunciaram as tropas imperialistas dos EUA e a figura de Hillary Clinton, denunciando com ênfase as tropas militares brasileiras enviadas pelo governo Lula que cumprem um destacado papel no comando da ação da ONU no Haiti, exigindo a retirada das tropas que estupram, massacram e assassinam as mulheres e o povo haitiano, impedindo que se organizem para decidir o rumo de seu país.

O bloco do Pão e Rosas também levou ao ato as demandas das mulheres no Brasil, defendendo o direito ao aborto e a efetivação de todas (os) trabalhadoras (es) terceirizadas (os) como parte da campanha que o grupo de mulheres vem desenvolvendo – “A terceirização escraviza, humilha e divide”.

“Somos as negras do Haiti, lutamos juntas contra as tropas”

Mara Onijá, dirigente da LER-QI e integrante do Pão e Rosas, destacou a campanha Somos as negras do Haiti, fazendo um chamado a colocar de pé uma forte mobilização pela retirada das tropas de Lula, da ONU e dos Estados Unidos. Mara lembrou que as mulheres no Haiti seguem submetidas aos estupros por parte das tropas, além da fome e do seqüestro de seus filhos voltados ao tráfico de órgãos e exploração sexual. Ela lembrou também que “no Brasil, nossos filhos seguem sendo mortos pela polícia, que existe pra defender a propriedade privada e os interesses da burguesia”.

Tati Gonçalves, coordenadora do CACH – Centro Acadêmico de Ciências Humanas – da Unicamp também deu destaque à luta pela retirada das tropas. Ressaltou que em Campinas a partir do CACH, onde atuam a LER-QI e o PSTU junto com ativistas independentes, os estudantes já se colocaram nas ruas várias vezes por essa exigência. Como militante da LER-QI, ela reforçou o chamado a juventude do PSTU a unir forças numa campanha comum com que coloque como ponto principal a luta pela retirada das tropas, entendendo todos os limites que tem hoje, por exemplo, a Frente Nacional de Solidariedade ao Povo Haitiano, conformada junto a setores governistas que não estão dispostos a mobilizar contra as tropas, colocando em primeiro lugar a preservação da imagem do governo Lula.

“Trabalho precário, pra nos dividir, as trabalhadoras não vão permitir”

Diana Assunção, uma das fundadoras do Pão e Rosas no Brasil e coordenadora da Secretaria de Mulheres do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) fez uma saudação ás mulheres ali presentes, destacando que o Sintusp coloca como eixo de sua intervenção nesse 8 de março a luta pela retirada das tropas brasileiras de Lula do Haiti e pelo fim da violência contra as mulheres haitianas. Ressaltando a importância desta data de luta e resistência, Diana informou a recente formação da secretaria de mulheres de seu sindicato, que se coloca como uma importante ferramenta de luta das trabalhadoras efetivas, terceirizadas e fundacionais, rompendo a divisão imposta pela patronal e os sindicatos pelegos.

“E fora Hillary daqui, mulher ianque assassina”

Simone Ishibashi, dirigente da LER-QI, resgatou o papel das mulheres em importantes lutas, dando destaque ã Revolução Russa, quando em fevereiro de 1917 mulheres iniciaram uma greve que foi a ponta de lança da revolução. Simone falou dos recentes acontecimentos no movimento operário internacional. Lembrou do exemplo da Kraft na Argentina, mostrando ser um exemplo já que os trabalhadores e trabalhadoras se enfrentaram num duro processo de luta contra a patronal e enfrentando uma dura repressão. Ela denunciou que nesse momento os Estados Unidos, com Obama, tem um plano de restabelecer uma ofensiva na América Latina. “E nesta semana Hillary Clinton está no Brasil. Recentemente, esta mulher esteve no Haiti e depois no Chile orientando seus governos a colocar as tropas a reprimir a população faminta e necessitada depois dos terremotos”. Simone enfatizou que em meio ao desenvolvimento da crise, os trabalhadores terão um papel chave a cumprir e as mulheres devem ter grande destaque no enfrentamento aos interesses dos patrões e do imperialismo.

Lutar contra as demissões

Maíra Viscaya, integrante do Comitê contra as demissões da Fundação Santo André, levou o exemplo das trabalhadoras e trabalhadores da Philips Dreux na França, que diante do fechamento da fábrica pelos patrões, não negociaram os termos de suas demissões, ocuparam a fábrica e começaram a produzir, demonstrando que diante da crise é possível barrar as demissões e enfrentar os patrões e os governos. Também destacou a importância da aliança operário-estudantil, dando o exemplo dos estudantes da FSA, da PUC-SP e da USP, que diante do fechamento da fábrica da Philips em Mauá (ABC paulista), estudantes estiveram na porta da fábrica levando sua solidariedade aos trabalhadores e levando o exemplo da classe trabalhadora francesa de como é possível barrar as demissões lutando com os métodos da classe trabalhadora.

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)