FT-CI

CAMPANHA SALARIAL BANCáRIOS

Traição da CUT garante greve mais curta da década

10/10/2014

Traição da CUT garante greve mais curta da década

Por: Gabriel, Eduardo, Edison e Thais, delegados sindicais e cipeiros das agências Butanta, Sete de Abril e Sé

Mais uma vez a greve dos bancários foi traída descaradamente. Não se trata de um evento isolado, não se trata do período de greve em si. Ano após ano a história vêm se repetindo, mas não sem acumular contradições. A CUT não cumpre papel algum de organização dos trabalhadores durante o período de nossa campanha salarial, e muito menos ao longo do ano, ao contrário fazem todo o possível para abortar qualquer luta que ameace o seu controle.

No início de nossa campanha salarial esse ano muitos bancários já diziam: “esse ano a traição será mais descarada do que de costume, o sindicato esta se importando mesmo é com a eleição da Dilma”. Não estavam errados de forma alguma na leitura da situação, esse fator certamente foi determinante para que o sindicato fizesse essa palhaçada com os trabalhadores e enterrasse a greve por uma migalha, num momento onde a mobilização ainda estava longe de atingir seu cume, e assim fizesse dessa a mais rápida greve da última década.

Mas o que leva a CUT a trair sistematicamente a luta dos trabalhadores é mais profundo que uma eleição. A grande questão é que o PT e seu aparato sindical, fizeram uma escolha desde seu início. Escolheram o lado do patrão nessa balança dos inconciliáveis interesses entre esses que nada produzem e vivem de parasitar o outro lado, os trabalhadores que tudo produzem nesse mundo e a cada dia são explorados de forma mais feroz.

Nada mais claro para expressar o lado que a CUT escolheu do que a prática de acordar com a patronal a convocação dos gerentes em massa para descaradamente entrar em nossa casa, nosso sindicato, o que deveria ser o nosso local de organização, para votar e encerrar a greve. Chamam os assediadores a cumprir o seu papel, o de assediar e coagir em nome do patrão. Esse é o papel que cumpre a CUT.

Essa capacidade de trair e enterrar a luta legítima dos trabalhadores pode parecer uma fortaleza da CUT em sua lógica de controle da classe, mas na verdade não passa de sua maior fraqueza. Ano após ano cresce a desconfiança no sindicato, e no campo político com o PT, seu desgaste aumenta, perdem influência. Não são mais referência nem aos trabalhadores mais inocentes, não há ilusões entre nós, são burocratas encastelados no aparato sindical a 10, 20, 30 anos, parasitando os trabalhadores. Mas também não são referências para os gerentes, esses têm como referência o patrão. O sindicato não tem trabalhadores ao seu lado, e por isso precisa centrar toda sua atuação em impedir com manobras, e se necessário a força, qualquer luta real, atuando sempre de forma a desmobilizar a categoria.

As grandes manifestações de Junho 2013 deram o primeiro alerta a esses canalhas. Após isso os trabalhadores a cada dia entram mais em cena. O recorde de abstenções e votos nulos no processo eleitoral são apenas uma expressão difusa do que se relembrou a partir daquele momento, que apenas a luta muda a vida. O que fica cada vez mais claro para os trabalhadores é que o PT não é uma alternativa.

A cada luta traída a CUT e o PT desarmam politica e ideologicamente os trabalhadores, derrubam-lhes a gana de ser sujeito da própria vida. E dessa forma abrem cada vez mais espaço para os patrões na correlação de forças entre as classes. Os traídores não podem nos servir de exemplo. Nosso exemplo esta na greve dos garis, que contra o patrão, o governo e seu próprio sindicato traidor realizaram uma incrível luta, fundamentada na auto-organização e na solidariedade. Nosso exemplo esta na greve de mais de 100 dias da USP, onde os trabalhadores com a ajuda de um sindicato combativo, dobraram o governo Alckmin-PSDB e deram um verdadeiro exemplo de uma greve que luta pelos direitos de toda nossa classe, buscando além de seus próprios direitos, educação e saúde de qualidade para a população.

Como em outros anos alguns saíram dessa greve falando “eu já sabia, esse sindicato é uma palhaçada”. Mas muitos foram os que saíram dizendo que “precisamos arrancar esses vendidos traídores do nosso sindicato”. Não temos dúvida que esse sentimento crescerá dia após dia, não apenas entre os bancários, mas em toda nossa classe. Arrancaremos nossos sindicatos das mãos desses burocratas em cada luta que tomemos em nossas mãos.

Buscamos ser parte disso não apenas na categoria bancária, mas em cada uma das categorias em que o Movimento Nossa Classe esta inserido. Em bancários buscamos agrupar um setor de vanguarda, principalmente nas regiões do Centro e Osasco da Caixa Econômica Federal, e através de frentes com outros setores como o "Avante Bancários” que impulsionamos e o MNOB (PSTU/Conlutas) - que buscamos trazer para uma postura mais classista e combativa - temos retomado os métodos de luta da classe operária com piquetes de verdade, onde esta colocado se quem manda são os patrões parasitas, ou os trabalhadores que fazem o serviço, alimentando em cada um de nós e dos que estão conosco nosso papel de sujeito na realidade.

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)