II CONGRESSO DO NPA (FRANÇA)
Estejamos enfim ã altura de nossas tarefas: por um NPA revolucionário!
01/02/2013
Tribuna publicada em Tous est ã Nous!
Enquanto a crise do capitalismo acarretará ataques terríveis contra nossa classe, cabe a nós rompermos com uma política confusionista que é em grande parte responsável pela marginalização de nosso partido. Se nós nos orgulhamos de ter contribuído com um certo número de esclarecimentos (sobre a natureza capitalista antiliberal da Frente de Esquerda, sobre o impasse das soluções keynesianas para a crise), é preciso tirarmos daí todas as consequências políticas.
É por isso que propomos:
• construir um NPA abertamente revolucionário, que articule as reivindicações (como a proibição das demissões ou fim do uso da energia nuclear em 10 anos) com um objetivo assumido de um governo dos trabalhadores e da sociedade socialista, a fim não criar ilusões de que isso seja possível globalmente e de forma duradoura por dentro do sistema capitalista;
• clarificar a questão da «unidade» : tal unidade deve ser buscada para combater os ataques da patronal e do governo, mas é preciso parar de apoiar os chamados que retomam as análises e o programa dos reformistas. A fórmula ambígua de “oposição de esquerda” confunde voluntariamente os dois níveis fazendo acreditar que teríamos um programa político comum com a Frente de Esquerda;
• construir o partido nos lugares de trabalho, principalmente nos setores estratégicos do proletariado, para desde ali travarmos um combate político e tomarmos iniciativas para reagrupar todos os militantes na luta de classe frente ás burocracias sindicais;
• sermos mais concretamente internacionalistas e anti-imperialistas, mobilizando-nos contra todas as manobras e intervenções do Estado francês (no Mali, na Líbia ou na Síria, principalmente).
É preciso que sejam discutidas sem tabu as divergências políticas e os debates que existem no seio do partido. Não é nem por meio de acordos de aparato superestruturais, nem limitando a liberdade de tendências e frações, que vamos sair da crise do partido. É preciso assegurar a expressão de todas as opiniões e estabelecer um verdadeiro debate de fundo. Para que o conjunto dos camaradas possam se apropriar dos debates e discutir as orientações do partido, é preciso uma verdadeira política de formação. Por fim, o CPN deve se tornar a verdadeira direção do partido: o CE e os porta-vozes devem deixar de tomar as decisões e posições sem controle real de organização.
C. (55), D. (93), F. (85), L. (75), L. (75), M. (28), M. (75), V. (68)