FT-CI

Contra os planos de ajuste

Nova greve geral na Grécia

26/03/2010

No dia 11 de março, os trabalhadores gregos estiveram novamente no centro da cena política européia ao protagonizar sua terceira greve geral contra um novo plano de ajuste anunciado na semana passada pelo governo social-democrata de George Papandreou, um novo ataque ao trabalho, ás condições de emprego e ao custo de vida dos trabalhadores e setores populares.

El PASOK de Papandreou quer que os trabalhadores paguem com enormes sacrifícios a dívida do país, por isso, dia 5 de março votaram outro ajuste cujas medidas incluem um corte de 10% no salário do setor público, o congelamento das pensões e o estabelecimento de um imposto regressivo no combustível, nos cigarros e no álcool. Essas medidas seriam para reduzir o déficit em 4,8 bilhões de euros a fim de satisfazer os requisitos dos países da eurozona, que se queixavam porque o plano de austeridade inicial não era suficiente.

Como resultado da medida de força, acatada pelo setor público e pelo privado, o país esteve totalmente paralisado, não circulou nenhum avião nem funcionou o transporte público. Os hospitais só atenderam casos de emergência e todos os serviços de notícias foram suspendidos.

Uma das mobilizações centrais se deu na rua Panepistimiou, onde levantaram barricadas com os containers que habitualmente se vêem nas ruas atenienses. A palavra de ordem foi generalizada: “Queremos trabalhos reais e melhores salários”, “Chega de sacrifícios” diziam as faixas. Nos protestos participavam trabalhadores do setor público, empresas privadas e da aeroviária Olympic Air. Esses últimos ocupam as oficinas do ministério de Finanças há mais de duas semanas desde que a empresa demitiu 8000 trabalhadores a 6 meses de ser privatizada e voltando a contratar apenas 15%. No Athens Polytechnic, um tradicional centro de residência da juventude, houve enfrentamentos com a polícia, que respondeu lançando bombas de gás lacrimogêneo e reprimindo os manifestantes.

Novos cortes e aumento de preços

A raiva da população grega é muito fácil de entender. À drástica redução do gasto público, soma-se um aumento do ICMS entre 1 e 2%, de acordo com o produto e o aumento do imposto sobre o combustível, medidas que têm um efeito direto nos preços dos alimentos e transporte que golpeiam severamente os setores mais pobres da população. Aplicou-se um aumento de 9 a 10% para os produtos alimentícios, restaurantes, cafés, energia e medicamentos e de 19 a 21% nas roupas, calçados, tarifas de telefonia celular, artigos de perfumaria e limpeza, entre outros. Não apenas enfrentam demissões e cortes salariais, mas também se impõe um aumento no preço dos produtos básicos!

Não são tempos calmos que se aproximam, muitos setores de trabalhadores protagonizam lutas por fora das greves gerais com iniciativas diferentes ás de suas direções, ocupações de alguns centros de emprego e uma nova convocatória para dia 23 de março. A disposição dos trabalhadores à luta é boa apesar do papel desmobilizador das principais confederações sindicais ADEDY e GSEE que se negam a chamar ações conjuntas. As 3 greves gerais e as lutas da juventude e dos estudantes que vêm acontecendo nos últimos anos, colocam a Grécia na vanguarda do movimento operário europeu. Apostamos que o grau de descontentamento e a mobilização atual dêem passagem a uma alternativa que supere essas direções e marque o caminho para derrotar os planos de ajuste na Grécia, e sirva de exemplo ás lutas que poderiam chegar a acontecer nos países que estão na “corda bamba” como a Irlanda, a Espanha e Portugal.

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)